HILÁRIO DE CACHIMBO NOVO:
HIlário Bispo e poeta e um dos maiores amigos meus! Um cara genial, orador inigualável e homem "sui generis" com seu cachimbão, cachimbando o mundo e fazendo amigos!!! É uma homenagem ao bom caráter, coisa rara nos dioturnos!
HILÁRIO DE CACHIMBO NOVO
(Yan Kaô)
Hilário de cachimbo novo...
Hilário agora é doutor...
Hilário agora vai fazer o que sempre quis...
Seus irmãos do mundo todo vão cantar...
Respirar a fumaça colorida...
Invadir as avenidas prá dançar...
Hilário, seu cachimbo espalha amor!!
(Yan Kaô)
Hilário de cachimbo novo...
Hilário agora é doutor...
Hilário agora vai fazer o que sempre quis...
Seus irmãos do mundo todo vão cantar...
Respirar a fumaça colorida...
Invadir as avenidas prá dançar...
Hilário, seu cachimbo espalha amor!!
Uma história verídica que presenciei na minha infância: conta a história de alguns vizinhos, um homem que foi traído por sua esposa e executado pelo melhor amigo que era da polícia. Hoje os dois são muito felizes em sua casa na praia.
MEDO DA VERDADE
(Yan Kaô)
Desceu correndo do morro, sentindo o pavor...
Muita dor nas feridas, as mãoes de encontro ao chumbo nas pernas...
Um filete de sangue unia sua alma com a risada do agressor:
Seu melhor amigo.
O capitão da polícia que agora o caça como um animal!
Medo da verdade!
A mulher que ele amava cuspiu na sua cara, dizendo assim:
"Policial é mais homem, não bebe, não treme, não sabe perder..."
"Olha bem pro seu filho e vê se entende o que quero dizer!"
E foi faca zunindo, vizinho gritando, a polícia chegando, chegando prá ver...
E foi sangue jorrando,o peito apertando, o amigo atirando, cumprindo o dever
Medo da verdade!!
Medo do sexo, medo do nexo...
Medo do medo de vir a crescer...
Medo do saco, medodo sapo...
Medo do fillho que não vai nascer...
Medo da guerra, medo da fera...
Medo do dia em que vai morrer...
Medo da pemba, medo da menga
Medo do dia em que vai perder...
Medo...
Medo...
Medo da verdade!
Olha pro céu, faz a prece...
Não se apresse ao se despedir...
Grita, chora, se torce de ódio...
Mais pela traição,
Que pela bala no coração.
Esta música foi composta num período estranho de minha vida, onde tudo, pessoas e cachorros, paralelepípedos e corações pareciam ser feitos de concreto. Fala de fumaça e calor, ódio e profundidade e mais do que tudo, de desabafo. Meio Rap, meio João Bosqueana, diz o que é: o óbvio a muitos graus.
OS TROVÕES SUBTERRÂNEOS
(Yan Kaô)
Aqui de cima é um bom lugar par se ouvir:
- Os Trovões Subterrâneos!
Soando distantes nos limites da cidade
Onde se encontram as verdades dos leões
E dos ladrões de vidas...
Os muros falam pelos desesperados
E os viciados em utopias soltam sussurros que são abafados
Pelos Trovões Subterrâneos!!
Predios brotam ao infinito conduzindo granito ao céu
E o véu das garotas das ruas escondem infâncias tristes
Dos Trovões Subterrâneos!!
A neblina se dissipa levando os filhos da noite,
o carbono desce à terra, tirando a cor dos rostos
E nós, mortos, nos modificamos,
Sorrindo alegrias tortas com os rostos ocultos atrás das portas
querendo encontrar:
Os Trovões Subterrâneos!!
Até que alguém grita:
"A resposta está no reflexo das poças, nos espelhos e nos vidros embaçados dos carros...!
Os bichos conhecem os Trovões Subterrâneos!
Os cegos vêem os Trovões Subterrâneos!
Os índios entendem os Trovões Subterrâneos!
As crianças ouvem os Trovões Subterrâneos!
(Por que nós não?)
Eles estão no piso, no liso, nos fatos e lógicas.
Nas jóias pisadas, nas bombas erradas, nas visões e intenções
que explodem no seu peito na hora da raiva!
Que crispam seus dedos, na hora da dor!
Que te escapa da boca, na hora do gol!
Para compreender os ritos é só não conter os gritos de alegria!
Para compreender os mitos é só não conter os gritos de alegria!
(Yan Kaô)
Aqui de cima é um bom lugar par se ouvir:
- Os Trovões Subterrâneos!
Soando distantes nos limites da cidade
Onde se encontram as verdades dos leões
E dos ladrões de vidas...
Os muros falam pelos desesperados
E os viciados em utopias soltam sussurros que são abafados
Pelos Trovões Subterrâneos!!
Predios brotam ao infinito conduzindo granito ao céu
E o véu das garotas das ruas escondem infâncias tristes
Dos Trovões Subterrâneos!!
A neblina se dissipa levando os filhos da noite,
o carbono desce à terra, tirando a cor dos rostos
E nós, mortos, nos modificamos,
Sorrindo alegrias tortas com os rostos ocultos atrás das portas
querendo encontrar:
Os Trovões Subterrâneos!!
Até que alguém grita:
"A resposta está no reflexo das poças, nos espelhos e nos vidros embaçados dos carros...!
Os bichos conhecem os Trovões Subterrâneos!
Os cegos vêem os Trovões Subterrâneos!
Os índios entendem os Trovões Subterrâneos!
As crianças ouvem os Trovões Subterrâneos!
(Por que nós não?)
Eles estão no piso, no liso, nos fatos e lógicas.
Nas jóias pisadas, nas bombas erradas, nas visões e intenções
que explodem no seu peito na hora da raiva!
Que crispam seus dedos, na hora da dor!
Que te escapa da boca, na hora do gol!
Para compreender os ritos é só não conter os gritos de alegria!
Para compreender os mitos é só não conter os gritos de alegria!
Esta música é um Candombe, um ritmo da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Aqui foi gravado só o pedacinho final, onde o pau come feroz!
SUOR E SANGUE
SUOR E SANGUE
Uma vez tive um sonho em que vi várias pessoas saindo do mar, eram antigos escravos, mas eram de todas as cores, não só negros. No sonho me cantaram a letra da música. Quando acordei, só coloquei as notas, e estava praticamente pronta. Destaque no finalzinho pra celebração de bateras e percussão em fúria, com Roberto Lerner, Rafael e Yan Kaô, esse que vos escreve.
SUOR E SANGUE
(Yan Kaô)
Nós temos razões para crer em nossas promessas
Nós temos razões para sobreviver...
Sentimos as ondas baterem em nossas pernas manchadas
De suor e sangue...
Nós que viemos, deixamos para trás
Nossos deuses e nossas crenças, prometemos...
Voltar e abraçar nossa descendência em nossos sonhos...