Música, literatura, poesia, idéias, arte, batera, percussão e porrada, se precisar!

"Como sabe que sou louca?", indagou Alice.
"Deve ser", disse o gato,
"ou não teria vindo aqui".
(Alice no País das Maravilhas)


segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ismália - Alphonsus de Guimarães e Odilon Moraes

Esta semana postamos prá vocês o sensacional Ismália do grande poeta Alphosnus Guimarães e do maravilhoso ilustrador Odilon Moraes!! A poesia de Alphonsus já era perfeita, mas ganhou uma amplitude quase sobrenatural com as ilustrações de Odilon, que deu um tom sombrio ao tema - apesar dele ser basicamente um ilustrador infantil. Interessante é que poeta e ilustrador são semelhantes de rosto...


Odilon Moraes

Nasceu em 1966 e mora em São Paulo, embora tenha passado infância e adolescência no interior. Cursou arquitetura, mas antes de se formar já trabalhava com ilustração de livros: tornou-se ilustrador. Além da ilustração de mais de sessenta livros, é autor de A princesinha medrosa (Companhia das Letrinhas, 2002) e Pedro e Lua (Cosac Naify, 2004), com o qual consquistou o prêmio de melhor livro infantil em 2005 pela FNLIJ.

Na Cosac Naify, Odilon Moraes coordena, junto com Augusto Massi, a coleção Dedinho de Prosa, para a qual já ilustrou O homem que sabia javanês, de Lima Barreto e O presente dos magos, de O. Henry., e Será o Benedito!, de Mário de Andrade.

Alphonsus Guimaraens

Formou-se bacharel em Direito, em 1894, em Ouro Preto. Na época já colaborava nos jornais Diário Mercantil, Comércio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S. Paulo e A Gazeta. Em 1895 tornou-se promotor de Justiça em Conceição do Serro MG e, a partir de 1906, Juiz em Mariana MG, de onde pouco sairia. Seu primeiro livro de poesia, Dona Mística, 1892/1894, foi publicado em 1899, ano em que também saiu o Setenário das Dores de Nossa Senhora. Câmara Ardente, cujos sonetos atestam o misticismo do poeta. Em 1902 publicou Kiriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Vimaraens. Sua Obra Completa seria publicada em 1960. Manteve contato com Álvaro Viana, Edgar Mata e Eduardo Cerqueira, poetas simbolistas da nova geração mineira, e conheceu Cruz e Souza. Considerado um dos grandes nomes do Simbolismo, e por vezes o mais místico dos poetas brasileiros, Alphonsus de Guimaraens tratou em seus versos de amor, morte e religiosidade. A morte de sua noiva Constança, em 1888, marcou profundamente sua vida e sua obra, cujos versos, melancólicos e musicais, são repletos de anjos, serafins, cores roxas e virgens mortas.

Maravilhem-se com essa obra prima!